Diferenças entre um Planeta e um Planeta Anão

 




Você já deve ter ouvido falar que até o ano de 2006 Plutão era considerado o 9° planeta do Sistema Solar, ou também que ele foi rebaixado, mas diferente de alguns times de futebol Plutão nunca foi rebaixado, ele foi apenas reclassificado, mas para você entender essa história primeiro você tem que saber duas coisas: o que é um planeta e quem decide o que é um planeta.

Para que um corpo celeste seja considerado um planeta ele precisa seguir alguns requisitos: como ter massa suficiente para ter gravidade própria, não possuir luz própria, ter formato esférico, orbitar uma estrela e ter uma órbita livre. Quem define o que é um planeta, o que é uma estrela, o que é um cometa ou asteroide ou qualquer corpo celeste, ao contrário que muitos pensam não é a NASA, e sim a UAI (IAU em inglês), União Astronômica Internacional, que é uma sociedade científica internacional que é quem dita as regras do jogo quando o assunto é astronomia.

Os planetas anões não conseguem ter uma órbita livre, por isso ele não pode se tornar um planeta. O que significa que ele divide sua órbita com asteroides e outros corpos celestes menores diferentes dos planetas que tem a órbita livre ao redor do sol. Essa é a maior diferença entre um planeta e um planeta anão, apesar de ter deixado de ser um planeta em 2006, a história da reclassificação de plutão começa bem antes, em 1801 o astrônomo italiano Giuseppe Piazzi Descobriu um planeta no cinturão de asteroides, ele nomeou o planeta de Ceres, a deusa da Agricultura, na época da descoberta todos pensavam que Ceres fosse do tamanho ou até maior que a Terra, mas depois quando tecnologia foi evoluindo e os telescópios foram ficando melhores foi coberto que na verdade Ceres era menor que a lua, então Ceres foi reclassificado dê planeta para asteroide, e na década de 90, muitos corpos celestes parecidos com Plutão e Ceres foram descobertos no Sistema Solar, e desde então a classificação de Plutão como planeta começou a ser questionada, e no ano de 2005 foi descoberto no cinturão de Kuiper um outro corpo celeste, muito parecido com Plutão, porém maior, para ser mais exato 27% maior, esse novo corpo celeste que se encontra no cinturão de Kuiper trouxe a discórdia entre os astrônomos, e fez reacender a discussão se Plutão era ou não um planeta, e por esta razão este corpo celeste foi batizado de Eris, a deusa Romana da discórdia, hoje nós sabemos que Éris na verdade é um pouco menor que Plutão, além de Éris outros corpos celestes no cinturão de Kuiper também haviam sido descobertos, por isso em 2006 a União Astronômica Internacional realizou uma grande conferência, em que o principal assunto era o que fazer com Plutão e os outros corpos celestes que haviam sido descobertos, haviam duas opções: ou esses novos corpos celestes seriam considerados planetas, ou seria criada uma nova categoria de planetas. Vale ressaltar que Plutão foi descoberto em 1930, e que ele se tornou o 9° planeta desde então. Reclassificar Plutão iria gerar muita confusão, mas por outro lado se os novos corpos celestes descobertos no Sistema Solar fossem considerados planetas, nós teríamos um Sistema Solar com 12 planetas, e como ocorreu com Ceres muitos anos atrás Plutão também foi reclassificado, por isso depois de muitos embates, a União Astronômica Internacional resolveu mudar a classificação dos planetas, com isso Plutão deixou de ser planeta e se tornou um planeta anão, estreando assim a nova categoria, além de Plutão, Ceres, Éris, Haumea e Makemake também foram considerados planetas anões, também, além desses corpos celestes considerados planetas anões, nas regiões do cinturão de Kuiper e no cinturão de asteroides podem existir outros corpos celestes que no futuro poderão também ser considerados planetas anões, e para manter a tradição do Sistema Solar todos eles têm nomes de divindades, sejam elas romanas, gregas, havaianas ou até rapanui.


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